Amar à Igreja: nossa Mãe
Por Pe. Matias Soares
Pároco da Paróquia de Santo Afonso Maria de Ligório – Mirassol – Natal
Durante a minha caminhada vocacional, sempre ouvi e aprendi que devemos amar à Igreja, nossa Mãe. Especialmente da voz do nosso estimado Arcebispo Emérito, Dom Heitor de Araújo Sales, esse ensinamento era e é algo repetido. Confesso que dentre muitas catequeses que foram-me transmitidas pelos sacerdotes mais experimentados, essa foi uma das mais valiosas; pois, em alguns momentos em que fui tentado em esquecer quem sou, a lembrança de onde venho e de quem gerou-me na fé ajustou o meu caminhar.
Todos nós, cristãos católicos, estamos sendo provocados constantemente a aperfeiçoar o modo como nos relacionamos com a nossa Igreja, que assim como é Mãe, é também Mestra (São João XXIII). Essa relação afetuosa e de reconhecimento para com essa Realidade Misteriosa, que é Espelho da Trindade (B. Forte), é algo a ser aprofundado. Num mundo em que as pessoas estão sendo encantadas pela sereia das emoções, urge uma promoção positiva do que estas podem trazer de potencialidades que nos fortaleçam.
O que faz o bom filho quando viveu e tem uma relação profunda com sua mãe? Dela cuida, como assim um dia foi cuidado; a ama, como assim por sempre é amado. Sem dúvida, essa é a mais imagem já usada para pensarmos e vivenciarmos o tipo de olhar que devemos devotar à nossa Mãe Igreja. E com isso não quero tomar nenhuma aproximação edipiana, numa linha freudiana, vale ressaltar. É muito triste quando vemos filhos que depois de tudo que receberam da Igreja, tornam-se sinais de escândalos que denigrem a sua face materna. O pior, a usam só para tirar proveitos espúrios.
Nós somos filhos da Igreja. Se somos Cristãos, é por causa dela. Por Ela, os canais da graça de Deus chegaram e nos alcançam constantemente. Devemos preserva-la de quaisquer tipos de traições e sofrimentos. É recorrente encontrarmos alguns que afirmam convincentemente que, mesmo depois de terem sido consagrados e alimentados por esta Mãe tão amável, é só Ela, e somente só, que tem obrigações para com os mesmos. Nestes casos, a relação é imatura, ingrata e parasitária.
Por fim, em tempos de pandemia e pós-pandemia, de ataques e descobertas também acerca da identidade própria dessa nossa Mãe, que sendo de Deus é Santa, e tendo filhos que na sua humanidade trazem o vírus do pecado original em seu DNA, somos chamados e testados a amar, preservar e zelar por esta Senhora tão antiga e sempre nova, da qual somos filhos e também guardiões. Assim o seja!
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