Dom Jaime Vieira Rocha Arcebispo de Natal
Prezados leitores/as!
“Reencontrar e conviver, votar e rezar” foram as palavras do secretário geral da CNBB, Dom Joel Portella Amado, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, indicando que esses eram os verbos que iriam reger os trabalhos da etapa presencial da 59ª Assembleia Geral da CNBB, realizada de 30 de agosto a 2 de setembro, em Aparecida, São Paulo. Vivemos momentos gratificantes depois de passarmos pela pandemia do Covid-19, que impediu nossos encontros presenciais. Recorde-se que a 59ª Assembleia teve sua primeira parte em maio, realizada no regime remoto. A Assembleia teve um cunho celebrativo: os 70 anos de fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – 1952-2022.
Os temas abordados nessa segunda fase da Assembleia foram: a) atualização dos estatutos da CNBB; b) Estudos 114 sobre a animação bíblica da pastoral; c) Ministério dos catequistas; d) Missal Romano. Temas da vida da Igreja no Brasil, busca por viver mais intensamente a ação evangelizadora, uso dos instrumentos à disposição que ajude a uma dinamicidade que lhe é própria.
Em relação à atualização dos estatutos da CNBB, a orientação e o espirito vieram do sentido dos mesmos: segundo o Presidente da CNBB, o Arcebispo de Belo Horizonte, MG, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, fortalecer as instituições é uma exigência da crise contemporânea: “E não se trata apenas de fortalecer as instituições nas suas letras legislativas, mas fazer com que elas, na sua identidade e na sua missão, realmente cumpram o seu papel”. Sobre o texto dos Estudos da CNBB 114, foram feitas sugestões para se tornar um documento oficial. Segundo o Arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, dom José Antônio Peruzzo o texto “anseia que a Palavra de Deus tenha um lugar de maior protagonismo nas motivações e inspirações e projetos evangelizadores da nossa Igreja”. O texto, aprovado na Assembleia Geral de 2021, inspirado pela Exortação Apostólica Pós-sinodal de Bento XVI Verbum Domini, ao ser aprovado como documento da CNBB, que todos os fiéis e ministros ordenados sejam animados a reconhecer que é da natureza da própria Igreja deixar-se animar pela Palavra em todos os seus projetos evangelizadores. Em relação ao ministério dos catequistas se ressaltou que o subsidio, preparado pela Comissão Episcopal Pastoral de Animação Bíblico-Catequética, seja um instrumento que ajude os bispos a colocar em prática o que dispôs o Papa Francisco Motu Proprio Antiquum Ministerium, publicado em 10 de maio de 2021.
Uma apresentação do tema do Missal Romano, na sua terceira edição, foi um dos temas muito aguardados. De fato, a longa história da tradução da terceira edição do Missal Romano, foram 18 anos de trabalhos da Comissão responsável, levou muitos fieis a esperar com alegria e entusiasmo a sua conclusão. Após a apresentação e aprovação do texto, o texto será encaminhado para a Santa Sé.
Também na Assembleia Geral foi apresentada a esperança da participação dos jovens brasileiros na Jornada Mundial da Juventude, que será realizada em Lisboa, Portugal, em 2023. Esteve presente na Assembleia Dom Americo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023, que afirmou: “A Jornada Mundial da Juventude sem os jovens do Brasil não será mundial”. E um dos membros do comitê local da JMJ afirmo: “Viemos ao Brasil para incentivar e encorajar os jovens brasileiros a irem massivamente para a JMJ 2023. Estamos aqui na 59ª Assembleia para garantir que estamos prontos para acolher e contar com a presença dos senhores bispos e das juventudes das suas respectivas dioceses, arquidioceses e prelazias”.